terça-feira, 8 de novembro de 2011


Os dias se tornaram os mesmos para ela. Acordava com vontade de ir dormir novamente, só para evitar qualquer tipo de decepção. Não era exatamente carência, mas era vontade de ter algo que não podia. Alguém. Passava as tardes inventando os mesmos planos de sempre, os mesmos diálogos, nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas. Ela era fria, totalmente fria. Seu coração era congelado, para falar a verdade. Ela não queria se machucar de novo. Suas lagrimas já eram suficientes para mostrar o quão ferida ela estava. Ela queria começar do inicio, mas não podia. Deitava na sua cama e se cobria com o edredom mais quente que tinha. Lia livros, lia histórias de amor. Talvez isso pudesse fazê-la acreditar que algo pode existir entre duas pessoas sem que uma tenha que sair ferida no final. As pessoas tinham um olhar diferente sobre aquela garota. […] Ela era meio diferente demais. Nunca se sentia capaz de fazer algo descente. Todos conseguiam perceber que ela estava destruída, machucada, iludida. Todos percebiam que ela embarcava numa luta para achar um sorriso verdadeiro no meio de tantas lágrimas. Ela deveria ser forte, mas sua força havia ido embora há muito tempo. Ela só parecia ser o que não era. Ela não era de ferro, muito menos resistente. Ela queria dar um tempo com tudo e finalmente poder colocar as coisas em seus devidos lugares. Ela tentava reconstruir a si própria. Era movida por lembranças e recordações de algo que nunca mais vai voltar. Sua felicidade? Provavelmente. Ela estava esgotada e não via graça em nada. Era como se o vento pudesse lhe derrubar. Era exatamente assim.” Bárbara Brasil 

(c1umenta)

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