— | Camila Costa. |
quinta-feira, 7 de junho de 2012
“Prefiro a música nos ouvidos porque ao menos entendo os sons, e, se não os entendo, embalo-me e trato de acompanhar, entrar no ritmo que for. As conversas, os gritos, os pedidos: nada disso eu entendo ou me embala. Os outros sons distintos da música, assustam-me faz tempo. Não sei mais diferenciar vozes, tom de vozes ou o que ela pede. Tenho medo de sair em socorro a quem pensei chorar, mas sorria. Tenho medo de permanecer inerte quando alguém gritava por ajuda e eu pensei que apenas jogava a dor fora. Os sons se misturaram demais nas minhas experiências, tenho medo do que escuto, deve ser por isso que fiquei amiga do silêncio e das músicas. Escuto o que quero, quando quero. Escuto o que não me assusta, porque todas as outras pessoas e as suas vozes, já me desgastaram.”
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